Olá pessoas! Tudo bem?
Esta semana (de 01/08 a 07/08) é a Semana Mundial de Aleitamento Materno – SMAM, e vou aproveitar então para deixar aqui meu relato de como foi (e é até hoje) amamentar minha pequena Manu.
Antes de começar, quero deixar claro que só estou contando pra vocês como foi a minha experiência e o que eu penso sobre amamentação. Não estou dizendo que fiz ou faço certo ou errado. Apenas fico feliz por ter vencido a minha luta e deixo aqui dicas para quem quer muito amamentar também. Não quero diminuir ninguém ou o contrário. Cada caso é um caso. Estou contando o meu, apenas isto, ok!? 😉
Então vamos lá, Manuela nasceu dia 31/08/13 às 08h40 em um lindo parto hospitalar, humanizado, na banheira de um hospital particular e veio aos meus braços assim que nasceu, e mamou na primeira hora. Durante 1 hora! Minha bezerrinha.
No segundo dia eu já estava lotaaaaaada de leite. Peitos enooormes e doloriiiidos. Eu não entendia/sabia que tinha que esvaziar para me sentir melhor. Pra mim, até então, peito cheio e pesado era sinal de peito cheio de leite.
Eu e ela aprendendo… zero experiência. No primeiro dia em casa, ela teve dificuldade para mamar, então num grupo de ajuda à mães do facebook, a Matrice, tive uma ajuda master de dicas de outras mães. Falei que Manu não queria pegar o peito, já no desespero, e uma delas disse: tenta a posição cavalinho (o bebê fica sentado de frente pra mãe)… tentei, e… bingo! Manu mamou! Ufa! Alívio!!!! Etapa 1, Win!
Mas minha luta estava apenas começando…Foi quando começaram as dores 😦 (Ó céus!). Nos bicos. Dores insuportáveis. Sangue com leite, sem brincadeira, literalmente… tenho provas!:
Não vou postar aqui foto de como ficaram (também tenho provas rs), mas pensa em bico com feridas abertas, amareladas de pús… pois é. Difícil. Chorava a cada mamada.
E aí, com 15 dias depois que Manu nasceu, meus peitos murcharam! Eu trabalhava demais (até hoje), não tive licença maternidade pois sou autônoma (sem trabalhar = sem dinheiro) então não tinha escolha. Então imagina minha situação: Uma recém-nascida, muito trabalho, muita cobrança, dor nos seios… stress nível máximo!
Liguei para a pediatra da minha filha choraaando horrores porque logo pensei: peito murcho sinal que meu leite estava acabando! Meu Deus! Aquele montão de leite que vazava tanto… acabou assim? Como isso foi acontecer? Logo eu que queria amamentar tanto!
A pediatra da minha filha me acalmou e me indicou uma consultora de amamentação. A Fabiola Cassab, que marcou comigo para vir na semana seguinte me visitar.
A esposa de um amigo meu veio em casa antes e me ensinou a fazer o tal “banho de luz” com lâmpadas incandescentes (aquelas quentes sabe, que acho que hoje são mais difíceis de se encontrar, mas funciona também com o sol, ufa! rs): logo após as mamadas, molhava os bicos dos seios com meu leite e ia secando com o calor da lâmpada em um abajur. Molhava, secava, molhava, secava… no período de 10 minutos. Ajudou, mas não resolveu.
Quando a Fabiola veio em casa, corrigiu a “pega” da Manu, e me ensinou outras posições, como mamar deitada, invertida etc.
Ela me explicou que leite não acaba assim de uma hora pra outra… que peito não faz estoque de leite e sim produz na hora do estímulo (mamada). Me explicou a importância da livre demanda, de deixar o bebê mamar até a hora que ele saciar (soltar o peito), as fases do leite. Também me instruiu para tirar a chupeta da Manu porque isto poderia estar contribuindo para a pega errada dela (ela chupava meu peito ao invés de mamar), me mostrou todos os malefícios de chupeta e mamadeira (este último não usei, mas foi muito bom saber a tempo), além de me dar um super colo e ombro que nem eu sabia que precisava!
E aí sim, com a pega correta + tratamento com banho de luz (sem pomadas, sem absorventes que contribuiriam no meu caso para uma piora) + apoio diário da pediatra da Manu, depois de dois árduos meses, eu descobri O Prazer de Amamentar!!!
Gente! Quanto sofrimento! Sabe o que é você ter uma High Need Baby em casa, que quer mamar de 5 em 5 minutos por no mínimo 2 horas seguidas cada mamada, com dor? Muita dor?
Pois é… mas pra ela era MUITO importante que eu aguentasse… e após cada mamada, como não agradecer a Deus por conseguir aguentar depois de uma carinha dessas?
Eu venci, mas não venci sozinha. Ajuda foi essencial pra que tudo isso acontecesse. Apoio familiar, apoio dos amigos, do grupo virtual, da Matrice, da pediatra, da consultora de amamentação… não venci sozinha!
Por isto minha amiga, se você quer muito amamentar mas está com dificuldades, não hesite em procurar ajuda! Vá a um banco de leite, procure uma consultora de amamentação, procure os grupos de ajuda virtuais ou encontros pessoalmente (na Matrice tem encontro gratuito toda sexta-feira). Mas não fique sozinha! Você não precisa estar sozinha nesta jornada!!!
O Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam que as crianças sejam amamentadas exclusivamente até os 6 meses de vida e continuamente até os 2 anos ou mais!!!
Hoje Manu está com 11 meses. Mesmo comendo muuuito bem, mama muito também! E mamará até a hora que ela quiser! Mais uma vez decidi respeitar seu tempo. Pra mim faz todo sentido! E é uma alegria pra mim e para ela! Amamentar é tudo de bom!
Beijos!